O que é a Terapia Ocupacional Infantil?
O que é a Terapia Ocupacional Infantil? Como saber se o meu filho precisa de acompanhamento do Terapeuta Ocupacional? O que faz o Terapeuta Ocupacional?
Estas são algumas das dúvidas com que os pais/cuidadores se deparam em relação à Terapia Ocupacional.

A Terapia Ocupacional Infantil, também denominada de Terapia Ocupacional Pediátrica, é uma área da saúde que atua na prevenção e/ou resolução/reabilitação de problemas que possam estar a afetar a criança ou o adolescente.
Ela tem como objetivo facilitar e capacitar a realização das atividades do dia-a-dia que estas possam ter dificuldades em realizar, por força de alguma condição clínica: motora, cognitiva e socioemocional.
Atividades da vida diária, tais como:
- Autocuidados, higiene e cuidados pessoais: dificuldades em tomar banho, vestir, alimentação, entre outras.
- Brincar
- Atividades sociais e educacionais, como as atividades necessárias à aprendizagem: ex.º escrita.
- Outras atividades comuns nas crianças
Estas condições, podem estar presentes desde o nascimento, serem desenvolvidas com a idade ou resultarem de algum tipo de lesão adquirida, e são elas que permitem apurar se uma criança/adolescente necessita de acompanhamento por parte de um Terapeuta Ocupacional.
Como saber se o meu filho precisa de Terapia Ocupacional?
Existem diversos indicadores que sugerem que a criança beneficiaria da intervenção de um Terapeuta Ocupacional.
Dá-mos alguns exemplos comuns e de linguagem prática para um melhor entendimento:
- Parece desajeitada, tropeça ou derruba coisas com facilidade.
- Tem dificuldade em usar talheres, tesouras ou pegar em lápis.
- Parece desajeitado ou descoordenado nos seus movimentos.
- Não consegue vestir-se sozinho, abotoar botões das camisas, abrir camisolas com fechos e/ou fazer o laço nos sapatos.
- Brinca sempre da mesma forma e com os mesmos brinquedos, e apresenta dificuldade em ter novas ideias para brincar ou em saber como brincar com os brinquedos.
- Tapa os ouvidos ou chora quando existem barulhos altos/inesperados.
- Fica perturbado quando tem de tocar em diferentes texturas, tais como, alimentos diferentes, etiquetas, roupas, etc.
- Recusa atividades que envolvam movimento, como andar de baloiço e escorrega.
- Tem dificuldade em tarefas como atirar uma bola, correr, saltar, trepar.
- Tem dificuldade em realizar movimentos de forma fluída e ritmada.
- Cai mais frequentemente que as outras crianças e/ou tem tendência a tropeçar e a bater nas coisas.
- Tem dificuldade em montar puzzles ou fazer construção de blocos.
- Não mantém o contacto ocular ou o mesmo é fugaz, e parece ter problemas em focar os olhos em objetos em movimento.
- Não consegue manter-se sentado “direito” na cadeira.
- Está sempre desatento, não se mantém sentado.
- Confunde constantemente esquerda/direita ou as noções cima/baixo.
- Frustração fácil, birras frequentes sem causa aparente.
- Quando já sabe escrever tem uma escrita desorganizada, ilegível, dificuldade no espaçamento das letras e em respeitar as margens e contornos.
- Tem dificuldade em cortar por cima das linhas ou colar imagens no local correto.
Estes e muitos outros comportamentos, podem ser considerados normais em determinada fase do desenvolvimento.
Mas, por vezes, alguns comportamentos/atitudes são extremamente difíceis ou intensos para a faixa etária da criança/adolescente, ou então, já não era esperado que se manifestassem.
É, por isso, importante compreender o que significam!
Quais as suas áreas de atuação?
- Perturbação da Hiperatividade e Défice de Atenção (PHDA).
- Dificuldades de aprendizagem: Dislexia, Disortografia, Discalculia, Disgrafia.
- Disfunção de integração sensorial.
- Atenção e agitação psicomotora.
- Dificuldades na motricidade fina e/ou global.
- Dificuldades nas atividades da vida diária: alimentação, higiene pessoal, vestir/despir.
- Dificuldades motoras: coordenação, equilíbrio, planeamento motor.
- Dificuldades no brincar.
- Atraso Global do Desenvolvimento.
- Hiper ou hipo-sensibilidade: ao toque, som, luz ou movimento.
- Problemas de atenção, regulação emocional e agitação psicomotora.
- Dificuldades de interação e/ou participação social.
- Perturbações da alimentação.
O que faz o Terapeuta Ocupacional?
Os Terapeutas Ocupacionais que trabalham com crianças ou adolescentes têm conhecimento sobre os diferentes estádios de desenvolvimento e quais as competências a atingir em cada fase, no que diz respeito ao desenvolvimento físico, cognitivo, comportamental e socioemocional.
Trabalham de forma a que eles possam ter o melhor desempenho possível em todas as ocupações do seu dia-a-dia, o que inclui a capacidade para brincar, comer, tratar da higiene, vestuário, atividades escolares, interação com os pares e adultos em vários contextos.
Desta forma, o Terapeuta Ocupacional, avalia as funções sensorio-motoras, percetivas e socio emocionais que afetam as condições atrás referidas, de modo a implementar um plano de intervenção específico para as suas necessidades tendo em conta os seus pontos fortes e as competências que necessitam de serem desenvolvidas.
São aplicados testes diferenciados e especializados de forma a procederem à avaliação das competências específicas, no entanto, é através do brincar que avalia e intervém seguindo as particularidades, motivações e interesses da criança e/ou adolescente. Este processo deve sempre ser suportado com o envolvimento da família.
E os pais ou cuidadores, como podem ajudar?
Os pais ou cuidadores e os familiares mais próximos têm um papel central no envolvimento neste tipo de intervenção, nomeadamente:
- Envolvimento no plano de intervenção.
- Comunicar toda a informação ao Terapeuta Ocupacional que seja importante ou pertinente.
- Troca de informação com os profissionais de saúde que acompanham o plano de intervenção, e comunidade escolar caso haja essa necessidade.
- Aquisição de conhecimentos através dos profissionais nomeadamente: o conhecimento de cada etapa do desenvolvimento.
- Realização de atividades e/ou aquisição de brinquedos, recomendados pelo terapeuta, de acordo com a fase de desenvolvimento da criança,.
- Registo da evolução do acompanhamento terapêutico.
Se o seu filho(a) apresenta alguns destes comportamentos/dificuldades, saiba que o Terapeuta Ocupacional é o profissional adequado para ajudá-lo, de forma, a implementar um plano de intervenção específico de acordo com as suas necessidades.
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